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PÚBLICO faz 33 anos e Ai Weiwei vai ser o director

Aniversário do PÚBLICO

  • Director

    Ai Weiwei

  • Tema

    Vida ou Morte

Ai Weiwei, um dos artistas mais globais e reconhecidos da actualidade, aceitou o nosso convite para dirigir a edição especial no nosso 33.º aniversário, a 5 de Março. Porque é que convidamos o artista chinês e porque é que ele aceitou? As respostas estão aqui.

Vídeo Joana Bourgard
  • O que é que significa ser director do PÚBLICO por um dia?

    O que é que significa ser director do PÚBLICO por um dia?

    Todos os anos, o PÚBLICO convida uma figura de relevo da sociedade portuguesa, ou que com ela mantém uma relação particular, para dirigir a edição especial de aniversário, que está disponível online e nas bancas nesse dia, a 5 de Março. O director convidado assume a função com toda a autonomia e independência, define quais são os principais temas da edição e acompanha o seu desenvolvimento com as várias equipas da redacção. No fundo, o convidado é responsável, na preparação dessa edição especial, pelas funções que normalmente são desempenhadas pelo director do jornal, da escrita do editorial à escolha das opções da primeira página da edição impressa e da homepage do site do PÚBLIC0. A edição de aniversário, em anos anteriores, já foi coordenada por personalidades tão diferentes como o primeiro director do jornal, Vicente Jorge Silva, o sociólogo António Barreto, o cientista Sobrinho Simões, a comissária europeia Elisa Ferreira ou o escritor Afonso Reis Cabral, director da 30.ª edição, no preciso mês em que fazia 30 anos.

  • Porque é que o PÚBLICO convidou Ai Weiwei?

    Porque é que o PÚBLICO convidou Ai Weiwei?

    Convidámos o artista chinês Ai Weiwei para ser director por um dia, no 33.º aniversário do jornal, por acharmos que seria a melhor forma de reflectirmos com os leitores sobre as questões que hoje mais preocupam a humanidade. Num contexto de guerra na Europa, de tensão entre Ocidente e China, de ameaças à democracia e de atropelos aos direitos humanos, ninguém melhor do que este artista e activista, vítima de perseguição no seu país, para dirigir o jornal neste aniversário, em 2023. Ai Weiwei sempre teve uma preocupação extrema com a liberdade de expressão e com os direitos humanos, como se percebe quer pelo seu trajecto, quer pela sua obra. Essa constante luta pela liberdade e pelo exercício crítico estão explicitamente descritos no seu livro de memórias 100 Anos de Alegrias e Tristezas, uma homenagem ao pai, o poeta Ai Qing — o nome da publicação é extraído de um poema seu, Yarkhoto — e uma mensagem ao seu filho. Ai Weiwei nasceu em Pequim em 1957, acompanhou o seu pai no exílio em Xinjiang, proscrito e mais tarde reabilitado pelo Governo chinês, e vive, actualmente, em Montemor-o-Novo. É um dos artistas mais globais e reconhecidos da actualidade. Ai Weiwei não é, porém, o primeiro estrangeiro a ser convidado para dirigir o PÚBLICO numa edição especial como esta. A cantora e compositora Adriana Calcanhotto desempenhou essa função, em 2014.

  • Porque é que Ai Weiwei aceitou o convite?

    Porque é que Ai Weiwei aceitou o convite?

    “Sinto-me honrado pelo convite para ser director do jornal”, disse o artista e activista ao PÚBLICO. “Aceitei-o por duas razões: primeiro, penso que a livre expressão deveria ser a manifestação dos atributos da vida em todos os momentos e em todos os lugares. É para mim o atributo mais natural como artista. A segunda razão é que a vida é medida em função do tempo, pelo que a publicação de um dia é tão importante como a publicação de um ano, na minha opinião.” Há ainda um motivo mais simbólico e comovente que levou Weiwei a aceitar o convite do PÚBLICO: a memória do seu pai, aquando do seu exílio, a ler e a fazer correcções ao Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista da China, publicado pela primeira vez em 1948.

  • Como vai ser a edição especial do 33.º aniversário?

    Como vai ser a edição especial do 33.º aniversário?

    O PÚBLICO vai oferecer-lhe uma série de conteúdos específicos no dia do seu aniversário, grande parte dos quais serão assinados ou serão da responsabilidade do director convidado. Ai Weiwei, como é habitual nestes casos, assina o editorial e, além disso, fará uma entrevista a si próprio. Mas a sua intervenção vai mais longe, ou não fosse este um artista tão multifacetado, a ponto de ser editor, autor de documentários ou de projectos de arquitectura. Na sequência de várias reuniões com a redacção do PÚBLICO, Ai Weiwei escolheu um tema principal — Vida ou Morte — e dez tópicos: Direitos Humanos, Protestos, Democracia, Planeta, Liberdade de Expressão, Educação, Relação Ocidente-China, Arte, Guerra e Morte. Para cada um deles, formulou uma pergunta e uma curta resposta. E a redação do PÚBLICO desenvolveu trabalhos específicos sobre cada um destes tópicos. Ai Weiwei assumiu, também, a edição das fotografias que vão acompanhar os textos temáticos, no online e na edição impressa, e a escolha da primeira página da edição impressa. No site do PÚBLICO, o leitor poderá encontrar também páginas especiais e uma experiência mais interactiva, nomeadamente com opiniões de pessoas de vários países e continentes sobre o que são, para elas, os direitos humanos. Numa edição especial como esta, vai poder fazer as palavras cruzadas dedicadas ao tema dos direitos humanos e da liberdade de expressão, da autoria de Paulo Freixinho, e não se espante com o logótipo em que aparece o PÚBLICO escrito em chinês. É por uma boa causa.

  • Como vai ser a edição em papel no dia do aniversário?

    Como vai ser a edição em papel no dia do aniversário?

    O jornal impresso do próximo domingo, que assinala o 33.º aniversário do PÚBLICO, é um jornal muito diferente daquele a que está habituado, ou não esteja a ser dirigido por um dos mais globais artistas dos nossos tempos, o chinês Ai Weiwei. A surpresa começa logo pela capa, concebida pelo artista e activista – sem dúvida para ser guardada. E prolonga-se pelo jornal adentro, que tem quase 100 páginas. Dez grandes temas estruturam o essencial do trabalho dos nossos jornalistas nesse dia: dos direitos humanos, à guerra, da tensão entre Ocidente e China, à educação. Outro tema forte: os protestos. Vale a pena protestar? Os temas e provocações que Ai Weiwei nos deixou deram origem a reportagens e entrevistas.