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Uma língua com muitos sabores

“Uma língua é o lugar donde se vê o mundo e de ser nela pensamento e sensibilidade. Da minha língua vê-se o mar. Na minha língua ouve-se o seu rumor como na de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto”. Vergílio Ferreira convidou-nos a ouvir o português pelo mundo, e foi o que nos propusemos fazer. Do mar ao silêncio. No 35.º aniversário do PÚBLICO, nos 500 anos de Camões, nos 50 da independência dos PALOP, queremos falar sobre a principal ferramenta de comunicação com os nossos leitores, através de uma série de trabalhos editoriais que culminará com uma grande conferência internacional. Uma língua que corre a história e o globo, que está viva e se transforma na multiplicidade de sabores de que se faz a riqueza desta imensa comunidade de falantes.

Foto de David Pontes
David Pontes

Conferência PÚBLICO

5 de Março 2025 | Centro Cultural de Belém - Lisboa

Sala Luís de Freitas Branco

No 35.º aniversário do PÚBLICO, nos 500 anos de Camões, nos 50 das independências dos PALOP, vamos debater a língua portuguesa numa grande conferência internacional.

Para participar nas conferências é obrigatória a inscrição. Os lugares são limitados à capacidade da sala. A entrada é gratuita.

Ver programação
Gregorio Duvivier | Fotografia de RAQUEL PELLICANO
  • Quem é o director por um dia?

    No 35.º aniversário do PÚBLICO, o director por um dia é o actor e humorista brasileiro Gregorio Duvivier, um dos criadores do fenómeno Porta dos Fundos, que os portugueses bem conhecem.

    Nasceu em 1986, no Rio de Janeiro, filho do escultor e saxofonista Edgar Duvivier e da cantora e compositora Olivia Byington. Escreveu livros de poesia como Ligue os Pontos — Poemas de Amor e Big Bang ou Sonetos de Amor e Sacanagem; livros de crónicas como Caviar É Uma Ova ou Put Some Farofa; mas também livros infantis e de desenhos que faz quando não sabe o que fazer. Também toca trombone em blocos de Carnaval. Em Portugal, os seus livros são editados pela Tinta-da-China.

    É autor de O Céu da Língua, comédia que escreveu e se estreou no Teatro Aberto, em Lisboa, no ano passado — “uma ode à língua portuguesa e às línguas em geral”, em que pergunta "como é que nasce uma palavra" e junta versos de Camões, Eugénio de Andrade, Vinicius de Moraes com canções de Caetano Veloso.

    Por cá também já dividiu o palco com Ricardo Araújo Pereira, em Um Português e Um Brasileiro Entram num Bar…, e apresentou várias peças: monólogos como Uma Noite na Lua, que lhe deu o prémio Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro para Melhor Actor, em 2013, e Sísifo; mas também o espectáculo de teatro de improviso da Porta dos Fundos, Portátil, um sucesso de público que desde 2015 tem sido apresentado em Portugal, país onde Gregorio diz sentir-se em casa.

    Além da sua carreira como argumentista e actor no cinema e televisão, Gregorio Duvivier teve durante anos o programa de opinião e humor político Greg News, na HBO Brasil. Actualmente, apresenta com João Vicente de Castro o programa Não Importa, na plataforma do colectivo Porta dos Fundos, e discute "assuntos que precisam de ser tratados com muita calma", com Alessandra Orofino e Bruno Torturra, no podcast Calma Urgente, que lançou este ano um clube do livro para assinantes.

  • O que significa ser director por um dia?

    Todos os anos, o PÚBLICO convida uma personalidade para assumir a coordenação dos trabalhos que marcam o tema escolhido para celebrar o aniversário. O director por um dia apresenta propostas, ajuda a encontrar ângulos diferentes de reportagem, trabalha com alguns jornalistas, discute a primeira página da edição especial. Este ano, o PÚBLICO definiu que o tema dos 35 anos seria a Língua Portuguesa e Gregorio Duvivier abraçou o desafio. “Quero um jornal onde caiba a poesia e o humor”, disse-nos logo na primeira reunião. E esse é o principal conceito da edição de aniversário.

  • Que outras pessoas assumiram esse papel?

    No ano passado, a directora por um dia foi a escritora, jornalista e uma das mais conhecidas feministas portuguesas, Maria Teresa Horta. “Ser mulher em liberdade” foi o tema dessa edição.

    Em 2023, desafiámos o artista e activista chinês Ai Weiwei, vítima de perseguição no seu país e actualmente a viver em Portugal. No ano anterior, tinha sido Catarina Mota, uma das jovens portuguesas que, em 2020, moveram uma acção contra 33 Estados no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por causa das alterações climáticas; e em 2021, com o país e o mundo marcados pela pandemia de covid-19, fomos dirigidos pelo cientista Sobrinho Simões.

    O atleta olímpico Nelson Évora, o físico João Magueijo, os escritores António Lobo Antunes, Miguel Esteves Cardoso e Afonso Reis Cabral, a comissária europeia Elisa Ferreira, a autora e música brasileira Adriana Calcanhoto, e o primeiro director do jornal, Vicente Jorge Silva, foram algumas das outras personalidades que aceitaram em anos anteriores dirigir a edição de aniversário.

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